Esta foi uma das minhas bizarras aquisições das "Cenas de Masters" para a minha colecção...principalmente porque não tenho nenhum ZX Spectrum para o testar ou mesmo jogar.
Masters of the Universe the Movie Game não foi um dos jogos que tive ou joguei.
Os filhos dos anos 70 e 80 recordam-se bem da explosão que foi no mercado dos jogos ZX Spectrum 48K e mais tarde os 128K que faziam as delícias de grupos inteiros de amigos reunidos à volta de um televisor normal à espera que a o Spectrum acabasse com os gritos (sim o computador gritava, literalmente!) e carregasse o tão esperado jogo.
Não tive este jogo quando era mais novo, tive outros de aventuras memoráveis que ainda hoje gosto de jogar ou de ver jogar.
Na altura os gráficos destes jogos eram qualquer coisa de sonho e sempre que saía mais um jogo lá na loja de discos da vila onde vivia, lá ia uma legião de amigos ver às revistas do quiosque, qual era o que estava "mais na berra", para podermos comprar e emprestar uns aos outros.
Era o tempo das cassetes mágicas, que se rebobinavam com uma caneta BIC e que demoravam eternidades a carregar, para disfrutarmos de uns minutos de jogo que para nós parecia sempre interminável.
Menu de jogo no Spectrum 48K
A Gremlin tinha-se esforçado para por o jogo no mercado pouco tempo depois da estreia do filme e acredito que foi um Natal e tanto para muitos miúdos da época!
O jogo em si tinha como objectivo recolher todas as notas musicais e derrotar uma legião de vilões pelo caminho, numa dinâmica de jogo até bastante bem pensada, terminando com a batalha no Castelo de Grayskull contra um Skeletor vitaminado.
Na pele de He-Man teríamos então de percorrer os diferentes cenários que incluem as ruas, o ferro velho, a loja do Charlie, a batalha no disco flutuante e o confronto final com zonas completamente labirínticas, aos tiros e procurando as notas musicais, derrotando os terríficos soldados de Skeletor.
Tudo isto num cenário de cores básicas e emoldurado por um menu rosa choque onde a espada representa a energia de He-Man e o bastão a energia dos vilões, neste caso os "Bosses" do jogo que são o Blade e o Karg.
Pelo meio vamos recebendo mensagens de Teela e de Gwildor, aconselhando e informado do que se está a passar na história.
O jogo passa ainda por um nível interessante de "Shoot Em Up", onde temos de eliminar os soldados que vão aparecendo à janela de um edifício básico.
O jogo volta às ruas de Nova Iorque mas com He-Man montado num disco flutuante, tal como acontece no filme, disparando contra mais soldados.
As mensagem de Skeletor surgem logo a seguir, desafiando He-Man a tomar uma decisão de combate e dá-se então o confronto final, junto ao trono de Graykull onde o objectivo e fazer com que Skeletor caia do trono.
Nesse momento vencemos imediatamente o jogo, libertamos a Sorceress e somos proclamados Masters of the Universe!
Se quisermos mais é só jogar outra vez!
Este é um jogo que se completa em duas horas, se não perdermos todas as vidas e que tem a sua magia.
A cassete é simples e sem surpresas embora esta embalagem seja ligeiramente maior do que as das cassetes normais.
Joguei um pouco deste jogo durante a pesquisa que fiz para este artigo e nem consigo perceber como podíamos aguentar jogar isto mais do que 5 minutos. Mas os tempos são mesmo assim...as coisas mudam, evoluem e mesmo velhas e sem grande interesse continuam a ser belas.
Com a cassete vem ainda um útil desdobrável de instruções, em inglês e francês, que contém também um mapa do jogo...
Tenho outros jogos e versões de Masters of the Universe para o Spectrum e falarei deles em breve!