O ideal, para qualquer coleccionador seria mesmo uma boa dose amalgamada de todas as personagens conhecidas distribuídas por um enredo entusiasmante e totalmente novo e fora do comum.
Foi exactamente isso que a recente série animada, denominada He-Man and the Masters of the Universe CGI, não teve tempo de provar... muito embora já o fizesse desde o início e com uma mestria incomum e que só deverá ser possível provar daqui a mais uns anos.
King Hiss na embalagem original
Já aqui apresentei um aspecto do He-Man que apareceu como figura de ação numa linha alternativa intitulada Savage Eternia e cujo logótipo adivinhava mais exotismo desenfreado e a possível aparição de personagens ainda nem sonhadas pelos fãs e colecionadores e que a Netflix não deixou seguir em frente.
A prova é que, o livro de arte desta série, também apresentado aqui neste blogue e que foi publicado quase ao mesmo tempo da terrível notícia do cancelamento da série, já apresentava planos para a continuação de enredos únicos que, pelo menos até à data, não chegaremos a ver.
Arte conceptual de King Hiss.
Página 75 do livro Art of He-Man and the Masters of the Universe - 2022
Como algumas personagens conseguiram chegar à prateleiras de diferentes mercados, a suposição seria que haveria mais para ver, adquirir e admirar neste novo Universo de Masters.
Uma das personagens que ainda tiveram a ousadia de fugir à súbita recolha feita pela Mattel, logo depois do malfadado anúncio de cancelamento pela Netflix, foi o King Hiss.
Uma das mais importantes personagens de todas as séries de figuras e de animação veio mesmo adornar algumas colecções mas, como seria de esperar, nem todos conseguiram adquirir esta figura.
King Hiss, nesta versão CGI e cujo nome se escreve com o "i", seria mais uma exótica interpretação de um vilão que poderia marcar com alguma força a história das animações destas linhas de brinquedos e do que é a lenda de He-Man and the Masters of the Universe no mundo dos brinquedos e do colecionismo.
É uma versão "Deluxe", enorme e que vem num blister livre, sem a bolha plástica como estas versões especiais se apresentam nesta linha em particular.
Estamos perante uma figura que representa um personagem muito conhecido e que aqui surge com um design diferente e cheio de novidade.
Este é um verdadeiro Rei Serpente.
O design lembra a arte Maia e reflete um conceito totalmente novo.
As cores são diferentes. Os verdes esbatem-se dando lugar a cores mais nobres como os dourados subtis rodeados de azuis diferentes e profundos com os tons incomuns que vão misturar-se com os pálidos esverdeados e púrpuras.
O corpo é uma mistura de braços semi-humanos que se abrem em serpentes que enleadas, se projectam como dedos para fora dos braços como que ávidas de agarrar qualquer incauto adversário que se aproxime em demasia..
A articulação é básica e uma figura de acção que pode parecer ridícula mas que marca a sua presença na prateleira.
Tenho alguma pena que não pudesse ter sido uma figura maior, numa escala mais maciça porque de certeza que, tal como o Cosmic Skeletor, seria uma ainda mais significativa peça desta colecção.
O facto de não aparecer na série animada torna-a procurada e desprezada ao mesmo tempo mas tenho a certeza que é impossível ficar indiferente a este King Hiss.
A figura não vem com acessórios mas tem uma "action feature" que é nada mais que um pequeno botão nas costas que, ao ser pressionado faz com que os braços levantem e que a mandibula se abra e que projete a língua bífida para fora.
Ainda conseguimos encontrar peças destas nos mercados virtuais, sejam eles alternativos ou oficiais e até a preços convidativos.
Mas nem todos os coleccionadores se renderam a esta peça.
Este totalmente diferente King Hiss não chega a aparecer na série animada mas os detalhes da sua origem e intervenção nesta nova interpretação deste universo pode ser lida no livro I, Skeletor da editora Amulet de que já falei aqui num artigo anterior e que é o segundo volume da trilogia Tales of Eternia.