Digo uma das melhores porque desde o inicio de 2019 já saíram muitas e muitas boas histórias de banda desenhada que merecem uma análise mais profunda aqui no meu blogue.
Já falei de algumas...procurem por aqui...
No entanto, este não é um blogue de banda desenhada mas, este tipo de literatura faz parte das minhas muitas colecções e têm, em muitos casos, a ver com as o tipo de colecção que faço de figuras de acção e merchandise associado.
Não fizeram figuras de acção das personagens deste livro, pelo menos que eu saiba, no entanto posso garantir que este é aquele tipo de história que fica, que marca de tal maneira que por vezes vamos lá à prateleira para folhear e recordar.
KM/H é uma história de bandidos e começa com tráfico, com vida na prisão e com droga.
Roscoe é um jovem de Detroit com um plano para assentar e para viver uma vida em pleno com a sua namorada, quando é traído por um amigo e é apanhado pela polícia num negócio de trafico de droga.
Enviado para a prisão resolve fazer tudo para não se meter em sarilhos e planear desde cedo a sua estratégia de confinamento com o intuito de sair o mais depressa possível. No entanto a sua vida complica-se quando num telefonema, um amigo lhe conta que quem o traiu tinha em mente ficar com a sua na namorada e fazer de tudo para que ele nunca mais saia da prisão.
Furioso com a situação Roscoe começa a pensar numa fuga. Quando é visitado pelo "fornecedor" de drogas da prisão, que o convence a experimentar uma droga nova que conseguiu em exclusivo, a vida de Roscoe muda para sempre quando descobre que, por cada pequeno comprimido que consome, ganha poderes de super velocidade por uma hora.
A primeira coisa que passa pela cabeça de Roscoe é vingança.
Fugir da prisão não é problema e a vingança é rápida e fria. O que acontece depois é algo que só a mente de Mark Millar poderia conceber.
A arte é de Duncan Fregredo e toda a história apresenta uma dinâmica gráfica que se entrelaça com o argumento muito ao estilo dos comics de super heróis sem ser, no entanto, uma história de super heróis.
Como é evidente Millar torce a história, simplifica-a, dá-lhe aquele cunho impossível e volta a complicar de tal forma que o final é uma boa surpresa.
Gostei de KM/H e até ao momento é das histórias quase "normais" de Millar que me surpreendeu e que daria um filme espectacular, que penso já estar pensado para a Netflix.
Esta é uma 1ª edição em capa dura da editora GFloy e que saiu para o mercado em 2019.
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